GRUPO BIBLICO DE REFLEXÃO E VIVÊNCIA: Grupos de Reflexão

sábado, 28 de julho de 2012

Grupos de Reflexão

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O QUE SÃO OS GRUPOS DE REFLEXÃO
“ A Igreja que se reúne nas casas, saúdo efetivamente no Senhor!” (1 Cor 16,19)
O nome de uma pessoa ou de uma coisa tem o seu significado. Os GR, no Brasil, são conhecidos por vários nomes, entre os principais:“Círculos Bíblicos”, “Grupos de Família” “Missionários”, “de Oração”, “de Vivência”, “CEBs”, Missão nas casas”... Os participantes da Assembléia, depois de três dias de estudo, partilha e oração, escolheram, também por votação, entre as várias opções chamá-los, na Diocese, de Grupos de Reflexão (GR). Esta nomenclatura é um verdadeiro programa de vida dos GR: são “Grupos” porque reúnem, congregam, convocam parentes, vizinhos e amigos; e são de “Reflexão” porque refletem, pensam, estudam.
Fundados na Trindade, na graça Pai, sendo Jesus Cristo, a pedra angular, e o Espírito Santo, a argamassa, dos GR nasce uma Igreja comunhão, cristocêntrica, pneumática, mariana e diaconal. Ser GR é ter assimilado esta forma trinitária de a Igreja ser, viver e agir. Uma das notas características dos GR é
 reunir crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, homens e mulheres, que se aproximam religiosa, social e afetivamente, muitas vezes, por laços de família; pessoas que habitam nos centros e nos bairros das cidades ou nas zonas rurais. Eles também se caracterizam por serem espaços para um novo jeito de ser Igreja: “povo de Deus”, nas casas”, “domestica”, “na base”, no chão da vida”, “da Palavra”, “ministerial”, “missionária”. Portanto, sob esta nomenclatura diversificada está uma realidade comum: pessoas cristãs que se encontram, por no máximo uma hora, uma vez por semana ou a cada quinze dias, para refletir a palavra de Deus, rezar, conversar, dialogar e planejar ações no próprio grupo ou na comunidade.
Os GR, este novo chão onde a Igreja deve pisar, são a missão nas famílias. A família é a primeira terra de missão dos GR. E isso se dá a partir de quatro pés: oração, reflexão, ação e confraternização. É o coração (a confraternização) que une a oração e à ação. Na Diocese, a sua logomarca ou o seu logotipo é o mosaico da galinha com seus pintinhos, encontrado no Santuário do “Domingo Flevit” (“O Senhor chorou” quando entrou em Jerusalém, cf. Mt 23,37). Mas cada grupo deverá ter um nome próprio e específico, tirado da bíblia, da realidade e da situação concreta da comunidade. Além do nome, o grupo deverá ter também seu símbolo de identificação: bandeira, escudo, hino etc.
Pergunta para o debate:
Que nomes vocês vão dar aos Grupos de Reflexão que vocês irão criar?
OS PORQUÊS E OS OBJETIVOS DOS GRUPOS DE REFLEXÃO
“Hoje a salvação entrou nesta casa” (Lc 19,9)
Tudo o que existe na vida tem seus porquês e seus objetivos. Com os GR não poderia ser diferente. Eles possuem muitos porquês. Deus é Família, Comunidade, Comunhão. Moisés educou o povo agrupando-o em doze tribos. Jesus fundou o grupo das doze apóstolos. Paulo fundou as Igrejas nas casas. A Igreja hoje tem esta mesma missão. Por isso, um dos primeiros porquês dos GR é reunir e agrupar os dispersos, chegar aos excluídos e afastados. Eles são espaços para a catequese permanente, adulta e com adulto; são também verdadeiras escolas de formação da fé e da vida; são ainda forças para as pastorais, as Santas Missões Populares (SMPs), o dízimo, e para as outras ações e serviços eclesiais; enfim, são meios para que o evangelho entre nas casas e nas vidas das pessoas.
E seus objetivos principais são: reunir cristãos e cristãs para rezar, celebrar e ouvir a Palavra de Deus; conversar, dialogar, estudar e refletir; planejar ações comuns no próprio Grupo, na comunidade eclesial e na sociedade; fazer acontecer a Igreja nas casas; garantir a presença do Evangelho na vida do povo; formar grupos de vivência da fé e do amor cristão; aproximar a Igreja de hoje às primeiras comunidades cristãs.
Assim os GR contribuem para a renovação da identidade e da missão da Igreja e preparar o chão da sua ação evangelizadora. Eles contribuem também para criar na paróquia redes de comunidades: comunidades em redes de grupos e grupos em redes de comunidades. Eles ajudam a criar, na paróquia, um clima de amizade, de fraternidade, de solidariedade e o espírito evangélico da partida. Eles são remédios contra o vírus do anonimato, do individualismo, do egoísmo, da indiferença religiosa e do espírito religiosa e do espírito de competição. Por meio dos GR busca-se formar discípulos e missionários de Jesus Cristo e contribuir comunidades comprometidas com Projeto de Jesus Cristo, onde se celebra a fé vinculada com a vida cotidiana dos seus membros.
Pergunta para o debate:
· Que objetivos vocês vão escolher para o Grupos de Reflexão de vocês?
COMO FORMAR OS GRUPOS DE REFLEXÃO
“Os apóstolos se reuniram junto de Jesus e lhe contaram tudo o que tinham feito e ensinado” (Mc 6,30)
Fundar GR é fácil. O difícil é mantê-lo vivo e funcionando. Costuma-se dizer que a propaganda é a arma do negócio. Baseado nisso, a primeira providência que devemos tomar para realizar esta prioridade pastoral diocesana é divulgar, “vender” esta idéia a todas as pessoas, em todos os lugares e por todos os meios: reuniões, encontros, celebrações, homilias, murais e rádios... Tudo começa com uma boa divulgação e com a conscientização.
Repetindo, não basta criar, é preciso organizar, formar, sustentar, dar condições para que eles funcionem. A experiência tem demonstrado que tudo na vida só funciona bem quando há organização. A organização dos GR é pensada em três instâncias: comunidade, paroquiana e diocesana. As duas primeiras instâncias são espaço da concretude dos GR. Eles nascem, crescem e dão frutos nas comunidades paroquiais. A ultima instância é a reflexão e de gerenciamento. A formação dos GR acontece a partir dos próprios moradores de um mesmo bairro ou rua. Os encontros, o ano todo, uma vez por semana ou a cada quinze dias, não devem ultrapassar a uma hora. As lideranças dos GR devem ser pessoas leigos, comprometidas, apaixonadas pelas comunidades eclesiais. No encontro prima-se pela partilha dos serviços e da voz. A dinâmica dos encontros varia, de acordo com as habilidades e as criatividades das lideranças, o número de participantes, o tema a ser rezado e refletido. As relações dos membros dos GR caracterizam-se pela simplicidade, pelo respeito mútuo e pela amizade. Prima-se pela simplicidade da linguagem, dos meios e da organização dos encontros. Os encontros seguem no roteiro preestabelecido, a partir da diocese ou da paróquia, do tempo litúrgico, celebrado pela comunidade. O método que os GR seguem são quatro momentos: Ver, julgar, agir, celebrar.
Para organizar os GR, três decisões se fazem necessárias: a) Os GR devem se tornar prioridade na paróquia, como todos os atributos de uma prioridade já explicada a cima. b) Criar a equipe paroquial dos GR. c) Mapear a área da paróquia em Setores, Zonais, Comunidades Missionárias, ou outros nomes. Setorizar e descentralizar a paróquia, a cidade, o Bairro ou a grande comunidade rural em pequenos grupos de mais ou menos 20 a 30 famílias, para facilitar a organização, a oração e a evangelização das pessoas que ali residem, não deixando ninguém de fora, sem ser atingido. A função do Setor é fazer acontecer momentos de espiritualidade, de oração e de reflexão da Palavra de Deus nas famílias. Os exemplos mais conhecidos são: Ano Litúrgico, Novena de Natal, Encontros Quaresmais, Meses de Maio, Vocacional, da Bíblia, Missionário, do Rosário, Festa do (a) Padroeiro (a). Além disso, as SMPs, momentos fortes sócio-político-cultural da comunidade, aniversariantes do mês, nascimento das crianças, bodas de casamentos, orações pelos doentes, para pedir chuva etc, são terrenos férteis para plantar, nascer, crescer e dar frutos os GR.
Pergunta para debate:
· Como é que vocês organizar os Grupos de Reflexão de vocês?
COMO SUSTENTAR OS GRUPOS REFLEXÃO
“Eles eram um só coração e uma só alma. Perseveravam no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (At 4,32..2,42)
Os GR possuem uma estrutura muito simples, mais também muito frágil. Criar uma pastoral ou um grupo é muito fácil. O difícil é manter a chama que se acendeu quando da sua criação. Com a mesma facilidade com eles são formados, podem morrer. Precisam ser cuidados como se cuida de um jardim. Costuma-se chamar o animador ou animadora dos GR de jardineiro (a). Como tudo na vida os GR sobrevivem dessa dinâmica: acende-se a luz, espalha-se esta chama e a protege, senão ela se apaga. Plante essa semente e cultive, até dar frutos.
A mística e a espiritualidade são o motor e o combustível que mantêm acesa a chama dos GR. Mas o que sustenta os GR? Em primeiro lugar é a criatividade dos animadores. Para não cair na rotina, ficar sempre no mesmismo e cansar, é preciso ser criativo. Em segundo lugar, são as visitas. Como nas SMPs, nos GR a coisa mais importante são as visitas. Fazer das visitas uma constante prática pastoral, eis o desafio. Em terceiro lugar, são confraternizações como momentos de partilha, alimento e crescimento dos GR.
Pergunta para o debate:
· O que vão sustentar os Grupos de Reflexão de vocês?
QUE FRUTOS PRODUZEM OS GRUPOS DE REFLEXÃO
“Fui eu que nos escolhi e vos designei para que produzais frutos e vosso fruto permaneça” (jo 15,16)
 A experiência tem demonstrado que os GR produzem muitos frutos. Entre tantos, destacamos: a) Os GR contribuem com o crescimento do conhecimento bíblico do povo. O livro principal é a Bíblia. O centro do encontro dos GR é a leitura orante da bíblia. A pesquisa sobre a Religiosidade do piauiense revelou que, em geral, o povo lê pouco e mal a Bíblia. Só por este fruto já seria suficiente para justificar a criação dosGR. b) Os GR são canteiros de missionariedade: filhos do Projeto Diocesano das SMPs, devem crescer e produzir frutos de missões nas famílias: ir em busca, ao encontro, até atingir os que estão afastados da comunidade. Os GR transformam famílias, filhos, crianças, jovens, homens, mulheres e vizinhos em irmãos, amigos e conhecidos. Nesta missão, os afastados voltam ao convívio da comunidade. c) Os GR contribuem, em muito, para a consciência e convivência ecumênica: por serem “Igreja na rua”, quando os evangélicos vêem os GRfuncionando, também se aproximam. d) Os GR renovam a paróquia: a sua estrutura se transforma em redes de comunidade; surgem novas lideranças; cresce a formação do povo; a catequese passa a ser permanente; melhoram a dimensão missionária e a forma de celebrar. e)Cresce a consciência da partilha e, conseqüentemente, do dizimo: o dizimo é o chão natural onde pisam os GR. Os membros dos GR passam a ser dizimistas. f) O povo passa a ter, por causa da formação e da informação que recebe, uma nova visão da Igreja. g) A formação permanentedo povo se dá nos GR. Eles passam a ser a escola de fé e de vida, e espaço da sua formação. h) Os GR são também canteiros de vocações, serviços e ministérios. i) Os GR produzem, por fim, frutos do “amor social”: atendimentos aos pobres, auxílios e remédios aos doentes, aposentadorias, construção de casas, cestas básicas...fazem parte da solicitude pastoral e do amor social dos GR. Os GR sobrevivem destas quatro ações: oração, reflexão, ação e confraternização. E o amor social é uma de suas ações.
Concluindo. Para os GR cai bem o que disse Fernando Pessoas: “De tudo ficam três coisas: a certeza de que estamos começando, a certeza de que é preciso continuar e a certeza de podemos ser interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança. Do medo, uma escola. Do sonho, uma ponte. Da procura, um encontro”.
Irmãos e irmãs, louvemos a Deus pela vontade e pelo esforço de todos em favor desta Prioridade Pastoral: criar, formar e a sustentar os GR. Cuidem dos pintinhos. Acendam esta luz, espelhem esta chama. Plantem esta pequenina semente no chão das comunidades que, um dia, as aves do céu farão seus ninhos numa grande árvore.
Pergunta para o debate:
Quais os frutos que os GR de vocês pretendem colher?
Tenho sede!

Dom Pedro Brito Guimarães

Um comentário:

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